Minha árvore de Natal

Sempre simpatizei com as árvores de Natal. A da madrinha da minha irmã era de plástico e minúscula, ela era uma mulher prática e econômica, a gente achava a árvore dela muito engraçada. A da minha avó, era feita inteirinha daqueles fios brilhantes, que se faz perucas de carnaval, era inteirinha dourada, um escândalo e adorávamos quando chegava o dia de montá-la e finalizar com cartões de Natal de muitos anos atrás! A nossa era a mais linda de todas, colorida e calorosa, meu pai comprava todos os anos um pinheiro enorme, natural, e assim a casa ficava exalando aquele cheiro maravilhoso de Natal, de férias, de 2 meses inteiros na praia, quando minha mãe tinha que me catar na rua bem tarde, para que eu jantasse e tomasse banho a contra gosto!
Tudo isso seria motivo mais que suficiente para que eu quisesse reproduzir uma árvore como aquela na minha casa de adulta, querendo que minha família sentisse a mesma alegria.


Mas a minha simpatia e motivos para ter uma grande árvore aumentaram ainda mais quando li sobre o profundo significado espiritual da árvore de Natal dado por Paramahansa Yogananda. As práticas de meditação que visam alcançar estados de consciência elevados (êxtase, consciência cósmica, nirvana, samadhi...) têm em comum a intenção de levar a energia armazenada na base da coluna vertebral até o topo da cabeça, ou no ponto entre as sombrancelhas, a sede do olho espiritual, viajando através da coluna vertebral e passando por todos os chacras ( centros de energia). Pois bem, na visão de Yogananda a árvore significa a coluna vertebral, as luzes são a energia espiritual, as bolas ou enfeites são os chacras e por fim, no topo da árvore, a estrela que significa o olho espiritual. Então a árvore representa o caminho da consciência crística.

Esta é a minha árvore de Natal.